Sessenta anos de propaganda sobre os benefícios do automóvel, sobre o status que ele confere e sobre a necessidade vital de se ter um não passam impunemente. Nos acostumamos à ditadura do carro, acreditamos que esse modelo de transporte era único, por isso se tornou hegemônico. O transporte público foi relegado à pobreza, porque vivemos numa sociedade elitista e numa cidade excludente. A propaganda em favor do carro, como principal meio de transporte em São Paulo, vem perdendo credibilidade. É o esgotamento desse modelo que causa ira. Aliás, vivemos vários esgotamentos. Modelos de vida e de consumo vêm sendo questionados em função da necessidade de preservação ambiental e de sustentabilidade. A realidade entrou em crise e essa crise se aprofunda com o passar do tempo.
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